Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

sábado, 4 de agosto de 2012

Dízimo no Novo Testamento?

Dízimo no Novo Testamento - Permaneceu?

  O que diz a Palavra sobre dízimos e ofertas nos dias do Salvador? Ainda devemos exercer sacrifícios da lei de Moisés ou anularemos a entrada triunfal de uma vez por todas, inaugurada pelo Salvador, através da aspersão do seu próprio sangue, em sacrifício vivo dependurado no madeiro?                                               
            Os dicionários bíblicos assim definem o dízimo: A décima parte, tanto das colheitas como dos animais, que os israelitas ofereciam a Deus (Levíticos 27.30-32 e Hebreus 7.1-10). O dízimo era usado para o sustento dos levitas (Números 18.21-2), dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Deuteronômio 14.29).   
            Para iniciar o estudo bíblico, tenha em mente que, na Lei de Moisés, dízimo nunca foi dinheiro (Deuteronômio 14.22-27), mas dez por cento das colheitas de grãos e de animais, e eram destinados à suprir os Levitas que não tinham parte e nem herança na terra prometida.
         O dízimo foi citado 3 vezes.Pelo Salvador ( duas vezes ) e ( uma vez )pelo escritor aos Hebreus quando escrevia aos judeus que estavam voltando as práticas de sacrifícios,( neste tempo o templo ainda estava de pé, antes do ano 70 d.C ) explicando o sacerdócio eterno do Salvador, que finalizou com o sacerdócio Levítico de uma vez por todas, por isto, o escritor  faz a citação de  Melquisedeque, devido não ter genealogia, nem finalidade de sacerdócio,sendo "um tipo de Cristo",sacerdote eterno.
     A primeira vez que o dízimo foi citado nos dias do Salvador (Mateus 23.23),Ele censurou os escribas e fariseus, dizendo-lhes: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé. Deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas. 
      O Salvador recomendou a manutenção dessa ordenança da lei, dizendo: Deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.   
Assim afirmou, porque era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4), e viveu na tutela da lei. Reconhecendo-a, disse dessa forma, pela responsabilidade  de cumprir a lei. E para isso, em Mateus 5.17 e 18, Ele disse: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
O Salvador assegurou que a lei deveria ser cumprida, mesmo no decorrer do seu ministério, porque qualquer que violasse a lei, seria apedrejado até a morte. E nesse caso, Ele não iria cumprir a sua missão aqui na terra para libertar o homem que estava morto na maldição do pecado.
E verdadeiramente Ele cumpriu a lei.  Foi circuncidado ao oitavo dia, foi apresentado no templo (Lucas 2. 21-24),iniciou seu ministério aos trinta anos  (Lucas 3.23)
Observe que após curar um leproso (Mateus 8.1-4) mandou que se apresentasse ao Sacerdote uma oferta,conforme ordenou  Moisés em Levíticos 14.E hoje, alguém oferece ao sacerdote alguma oferta após a graça da libertação das enfermidades?

Porque a Nova Aliança não teve princípio no nascimento do Salvador, mas sim,a partir da Sua morte (Gálatas 3.22-25 e 4.4, 5)pois ao render seu espirito ao Criador (Mateus 27.50,51), o véu do templo que separava o "lugar santo" do "lugar santíssimo" se rasgou de alto a baixo, validando o testamento com sua morte,começando o Novo Testamento, a Nova Aliança no seu sangue.Um testamento só tem valor, quando morre o testador.
O que precisamos entender de vez por todas, que O Salvador não veio a ensinar os judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele disse: Um novo mandamento vos dou (João 13.34), e, se a justiça provem da lei,  segue-se que Cristo morreu em vão (Gálatas 2.21). E em Mateus 5.20,disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos  céus.
Considere que o Salvador mandou justamente os escribas e fariseus (os quais o Ele sempre os tratou por hipócritas, falsos)  que cumprissem a velha aliança, na qual ordenava o dízimo dos alimentos para sustento dos Levitas.  
       A Segunda vez que o Salvador referiu-se ao dízimo, foi na Parábola do Fariseu e do Publicano (Lucas 18.9-14), e outra vez Jesus censurando os fariseus. Tomou como exemplo um religioso, dizimista fiel, o qual jejuava duas vezes  por semana, porém, exaltava a si mesmo  e humilhava um pecador que suplicava por misericórdia.  
É interessante observar que os fariseus continuam se exaltando da mesma forma, batem no peito e dizem: Eu sou dizimista fiel. Mas nesta  narrativa alegórica, o Salvador exemplificou  que no Evangelho não há galardão para os que são dizimistas.
A Terceira vez  que os dizimos aparecem, já é dentro do Novo Testamento , mas é apenas citação do Antigo Testamento, onde fala de sacerdócio de Melquisedeque.Em Hebreus 7:5 diz: " E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.
       A lei foi dada por intermédio de Moisés, ao  povo, direcionada aos filhos de Levi, especificamente aos que receberam sacerdócio para trabalhar nas tendas das congregações ( montagem e desmontagem de tendas no deserto), os quais tinham ordem, segundo a lei de receber os dízimos dos seus irmãos. Agora note o relato do versículo 11e 12:
            Hebreus 7.11: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se ao Salvador) e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? (menção a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).
           Hebreus 7.12: Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança na lei.
            Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra  assegura que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (Hebreus 7.5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (Hebreus 7.11) e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12), porque se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (pelo qual o povo recebeu a lei), qual a necessidade de que  enviasse outro Sacerdote? Mudou o Sacerdócio, necessariamente se faz mudança na Lei.
A lei dos dízimos foI direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o sacerdócio  e não havendo mais "Levitas", nem "templo", nem sacerdote a oferecer sacrifícios, pois O Salvador já o fez, logo,se aplicada aos crentes hoje, ela torna-se intempestiva e ilegítima, porque os “pastores” de hoje não são levitas nem foram proibidos de trabalhar, nem menos tiveram promessas de herança de dízimos para sustento por  não ter tido herança nas distribução de terras prometidas ao povo israelita por herança.
Outra particularidade, no capítulo 18 do livro de Números, o Senhor Deus adverte aos sacerdotes levitas dizendo: Na sua terra, possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte possuirás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
Gostaria de recomendar aos pregadores contemporâneos (os que querem se assemelhar aos sacerdotes levitas), seria bom que guardassem os mandamentos do Senhor para aquela tribo, os quais não possuíam bens materiais, pois o Senhor era a herança dos sacerdotes levitas.
                                          AS OFERTAS
        E, falando pela Palavra, semelhantemente aos dízimos, não é licito os dirigentes das denominacões receberem ofertas (dinheiro ou bens materiais) dos seus fieis, visto que no Novo Testamento não há fundamento para essa prática, pois, as ofertas citadas na Lei de Moisés não eram doações de bens materiais, mas sim oferendas de animais, cereais ou bebidas, entregues a Deus como parte do culto de adoração. No livro de Levítico, do capítulo 1 a 7, está especificado cinco tipos principais de ofertas e sacrifícios:
       1) Holocausto,  o animal era completamente queimado no altar Levíticos (1.1-17 e 6.8-13).
       2) Oferta de manjares, isto é, de cereais (Levíticos 2.1-16 e 6.14-23).
       3) Sacrifício pacífico ou de paz (Levíticos 3.1-17; 7.11-21).
     4) Oferta pelo pecado, isto é, para tirar pecados (Levíticos 4.1-5.13; 6.24-30).
           5) Oferta pela culpa, isto é, para tirar a culpa (Levíticos 5.14-6.7; 7.1-7).
          Das ofertas de paz havia três tipos: por gratidão a Deus (Levíticos 7.12), para pagar voto ou promessa (Levíticos 7.16) e a voluntária, que era trazida de livre e espontânea vontade (Levíticos 7.16).( nada em dinheiro )
        Além dessas, havia também a libação, tipo de oferta em que se derramava vinho (Levítico 23.13), e também a OFERTA ALÇADA, sobre a qual, vamos meditar no texto abaixo.
                Mas, os sacrifícios do A.T. eram provisórios (Hebreus 10.4) e apontavam para o Cordeiro de Deus (João 1.29 e Hebreus 9.9-15), cujo sangue, pela sua morte na cruz, nos limpa de todo pecado (I João 1.7).
                                                          A OFERTA ALÇADA NO EVANGELHO 
            Ainda que os esclarecimentos sejam bem detalhados, sabemos que haverá apologia sustentada na oferta da viúva pobre (Lucas 21.1-4), ocasião em que Jesus observava os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; e também uma pobre viúva que lançava ali duas pequenas moedas; então, disse Jesus: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva, porque todos aqueles deram como ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deu todo o sustento que tinha.( ela não deu: casa,móveis,jóias,nada destas coisas, ela deu o que ela possuía para seu "sustento", talvez aquilo que tinha para  seu alimento do dia, ou do mês)
            Exatamente como o dízimo de Mateus 23.23, todas as vezes que a Palavra cita “OFERTA” , assim como a oferta da viúva pobre, todos esses episódios sobrevieram na vigência da antiga aliança, mas aqui há uma palavra revelada. Vamos meditar no Antigo Testamento sobre os dízimos e ofertas alçadas, para discernimento espiritual da Palavra:  
No livro de Números 18.20-28, disse o Senhor a Arão: Na sua terra possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação. Os levitas administrarão o ministério da tenda da congregação e eles levarão sobre si a sua iniqüidade; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança herdarão.
E falarás aos levitas e dir-lhes-ás: Quando receberdes os dízimos dos filhos de Israel, que eu deles vos tenho dado em vossa herança, deles oferecereis uma oferta alçada ao Senhor: O dízimo dos dízimos.
E para concluir, no livro de Deuteronômio 14.29 diz: Então virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos que fizeres.
Observe que o dízimo é direcionado para suprir as necessidades dos levitas, porque não possuíam parte e nem herança entre os judeus, e também designado com a finalidade de caridade aos estrangeiros, órfãos e as viúvas.
Notem também, que no início deste tópico, Jesus observava os ricos lançarem as suas ofertas  na arca do tesouro, mas eram as sobras, enquanto que a pobre viúva, lançou ali, o seu sustento.

Outra referência bíblica muito usada pelos pregadores, para pedir dinheiro, está na segunda carta aos Coríntios 9.6-8, assim descrito:
"O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."
Mas esta referência não é uma ordenança para se tomar ofertas dos fieis, para manter dispesas de uma instituição religiosa, mas sim, era  sobre o amor ao próximo, em forma de caridade, citados em todos os livros do Novo Testamento.( Paulo lembrou-se dos pobres )
E para não pairar dúvidas que a ordenança é sobre a caridade, se continuarmos a leitura, no versículo seguinte (9) do mesmo capítulo, está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
Esta parte, os pregadores não gostam de ler, porque revela o sentido do texto em seu contexto, deixando claro que, Paulo estava fazendo uma coleta em dinheiro, para suprir a necessidades dos irmãos mais pobres.(ver contexto de corintios 9 todo )
Note a contradição dos lideres: " Dê sua oferta, porque a obra de Deus precisa de dinheiro!" ( Necessidade? ) Mas, Paulo fala que não é para dar por "necessidade"? Aqui está a chave da questão! A necessidade era a pobreza de alguns irmãos,mas Paulo queria que cada um desse de coração e como os lideres pregam,não tem nada a ver com dispesas de instituições religiosas onde chamam de "casa  de Deus", sendo que Deus não habita em templos de pedra feito por mãos humanas. Casa de Deus somos nós, o altar é o nosso coração, o sacrifício já foi feito pelo Salvador, adoremos a Deus com o nosso culto racional ( Romanos 12 ) em espirito e em verdade ( João 4 ).  Em Atos 5, todos vendiam seus bens, depositavam aos pés dos apóstolos para quê? Para que os apostolos DISTRIBUÍSSEM em partes iguais a cada um. Todo dinheiro era repartido entre os irmãos, de modo, que NÃO HAVIA necessitados entre eles.Quanto a  Ananias e Safira, eles morreram porque MENTIRAM contra o Espírito Santo, não porque reteram parte da venda.Repare que, não havia nada de levar dinheiro para templo, nada de assalariar o clero, nada de edificar templos, pois, esta não foi a ordem dada pelo nosso Mestre, e sim, "ide e pregai o evangelho", "entrai pelas casas", muito diferente de "vinde para nossa denominação", "ofertai para melhoria do templo". Nada disto.Jesus mandou "IR" (nas casas), e não "VIR" ( aos templos ). Leia o artigo : o que é a Igreja.

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