Cinco Votos para Obter Poder Espiritual.

Primeiro - Trate Seriamente com o Pecado. Segundo - Não Seja Dono de Coisa Alguma. Terceiro - Nunca se Defenda. Quarto - Nunca Passe Adiante Algo que Prejudique Alguém. Quinto - Nunca Aceite Qualquer Glória. A.W. Tozer

terça-feira, 19 de julho de 2016

Geremias Couto - Lei e Graça | Série Teologia da Aliança


 




Fonte: Canal do YouTube: TV Deus é Luz 



O que é um Reformado?

 




Fonte: Canal do YouTube: Voltemos ao Evangelho



O Testemunho da Vida Eterna (1Jo 5.1-13)

 


Texto Base: 1 João 5:1-13

1. Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus, e todo aquele que ama o Pai ama também ao que dele foi gerado. 2. Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a Deus e obedecendo aos seus mandamentos. 3. Porque nisto consiste o amor a Deus: obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados. 4. O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5. Quem é que vence o mundo? Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus. 6. Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo: não somente por água, mas por água e sangue. E o Espírito é quem dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 7. Há três que dão testemunho: 8. o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes. 9. Nós aceitamos o testemunho dos homens, mas o testemunho de Deus tem maior valor, pois é o testemunho de Deus, que ele dá acerca de seu Filho. 10. Quem crê no Filho de Deus tem em si mesmo esse testemunho. Quem não crê em Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca de seu Filho. 11. E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. 12. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida. 13. Escrevi-lhes estas coisas, a vocês que crêem no nome do Filho de Deus, para que vocês saibam que têm a vida eterna.

Introdução

Chegamos ao capítulo final da primeira epístola escrita por João. Até aqui vimos que seu estilo é recheado de contrastes e possui repetições com efeito didático. Veremos, por exemplo, que aqui ele nos fala sobre 3 coisas que foram trabalhadas no decorrer de seu texto e que agora encontram-se unidas: A fé, o amor e a obediência. Saímos do capítulo 4 cientes sobre o nosso dever de amar a Deus e uns aos outros. Agora, o amor se encontra com dois parceiros inseparáveis.

Após falar desse “grande encontro”, João fala sobre Jesus Cristo e o testemunho acerca dele que nos dá a vida eterna. Portanto, vamos para a exposição do texto.

Fé, Amor e Obediência (1-5)

João começa com uma afirmação categórica: Quem crê em Jesus Cristo é filho de Deus, pois dEle nasceu. Na construção da frase, de acordo com o texto grego, não cremos para nos tornarmos filhos, cremos porque Deus operou em nós o novo nascimento. A conversão é sobrenatural e graciosa. É por isso que a fé em Jesus é uma evidencia forte do novo nascimento. Todavia, a fé não significa assentimento intelectual apenas. Junto com a fé em Deus Pai e no seu Filho unigênito, o amor pelos que são gerados do alto se faz presente. Logo, não basta ter fé em Cristo e desprezar os que formam a sua família, isto é, a igreja. A igreja é o ajuntamento do povo santo de Deus e cada membro que nela está inserido é alguém que de tão amado pelo Senhor, foi salvo por ele. Sendo assim, a pessoa que o despreza acaba por desprezar o próprio Deus. São textos como este que nos mostram a necessidade de fazer parte de uma congregação, que em certa medida, é também um ajuntamento de pessoas que pecam e tem suas fraquezas, todavia, é nesse contexto que devemos exercitar misericórdia e nutrir a empatia por aquela pessoa que está ali, tão pecadora quanto eu, mas também, lavada e remida por graça, sem merecimento algum, como eu.

E como amamos os filhos de Deus? Como podemos demonstrar amor aos que nasceram de novo? A resposta do apóstolo é amando a Deus e obedecendo a seus mandamentos. E nós ficamos agora sabendo que amor e obediência também andam de mãos dadas com a fé (Ver João 14.22 e 15.10). O que ama ao Senhor atentará para os seus santos decretos e ali se verá que há mandamentos que nos direcionam a amar os nossos semelhantes. Observando o decálogo, veremos que há mandamentos que focalizam a nossa atitude para com o Senhor, e há, também, os que focalizam a nossa atitude para com outra pessoa. Por exemplo: Não devo cobiçar o que é de outrem. Não devo dar um testemunho falso ao seu respeito.

Com amor e obediência aos mandamentos, que João nos fala de forma assombrosa que não são pesados, a fé triunfa e vence o mundo. Não nos pesam os mandamentos pelo fato de que Deus atuando em nós nos dá a possibilidade de cumpri-los. A vitória aqui mencionada não é fruto de algo nosso, mas é resultado do nascimento sobrenatural. Quem vence o mundo? O que tem fé em Cristo Jesus. E quem tem fé em Cristo Jesus? Aquele que nasceu de novo pelo poder do Soberano Jeová. No fim, essa vitória redunda em glória e em louvor ao nosso Deus bendito. A nossa vitória sobre o mundo é, na verdade, a vitória de Jesus que nos foi estendida. Isso não significa triunfalismo. Lembremos que Ele mesmo falou que teríamos aflições nesse mundo, contudo, não deveríamos esmorecer, pois Ele venceu o mundo e nós herdamos a sua vitória (ver João 16.33).

O Espírito, a Água e o Sangue (6-9)

A fé que vence o mundo é uma fé exclusiva Não é a fé pela fé. Só vence aquele que crê em Jesus Cristo. E aqui temos que atentar para o fato de que falsos Cristos são confessados dentre os homens. Daí João nos vai dar a descrição do verdadeiro Filho de Deus. Ele seria aquele que veio por meio da água e do sangue. Embora essa passagem seja difícil, o contexto histórico nos dá um esclarecimento de qual era o intento de João ao citar água e sangue.

Em outros sermões, anteriores a esse, vimos que o gnosticismo era uma seita herética que rondava a igreja naquele momento. Seus falsos ensinos eram prejudiciais a sã doutrina. João até fala da importância da afirmação de que Cristo veio em carne, pois, os gnósticos negavam a encarnação. Cerinto, um dos mestres da gnose, ensinou que Cristo só assumiu a natureza divina no batismo e depois essa natureza o deixou no momento da crucificação. Ora, isso é herético por abalar os alicerces da morte vicária do Senhor Jesus. Se o Deus-homem não tivesse morrido na cruz, mas sim um mero mortal, a obra expiatória não seria possível. Jesus tinha que ser verdadeiro homem para ser o nosso substituto legal, mas também tinha que ser verdadeiro Deus para vencer a morte e nos trazer a esperança da ressurreição dos mortos. Por isso, água e sangue pode se referir ao batismo e a morte de Cristo, servindo de testemunho para a sua divindade. Contrariando os gnósticos, João afirma que Cristo era Deus em ambos os eventos. Por isso que o versículo 6 nos diz: “Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo: não somente por água, mas por água e sangue” (grifo nosso).

Jesus é o Filho de Deus e o próprio Deus revela isso através do seu Espírito que dá um testemunho verdadeiro, pois, Ele mesmo é a verdade. Ao juntar o Espírito com a água e o sangue, João alude às três testemunhas que eram tidas como evidência suficiente para apoiar ou negar algo num processo de julgamento. O apóstolo diz que há três testemunhos que são unânimes e observa que se um tríplice testemunho humano é aceito no tribunal, logo, o testemunho divino, por ser unânime e por Deus ser maior que os homens, deveria ser tido por verdadeiro. É importante lembrar que no batismo de Jesus e no relato da crucificação, os evangelhos registram declarações que afirmam que Cristo Jesus era, de fato, o messias (ver Mateus 3.17 e 27.54).

O Testemunho da Vida Eterna (10-13)

A descrença de que Jesus é o salvador enviado por Deus é grave, pois, diante de seu testemunho, renegar o messias é fazer de Deus um mentiroso. Por isso, os verdadeiros crentes depositam sua total confiança em Deus, ao receberem o seu Filho como salvador e senhor de suas vidas. Eles carregam esse testemunho dentro de si. Algo que era externo se internalizou em seus corações. E o testemunho do Pai é o de que a vida eterna é ofertada por meio de seu Filho. Logo, os que dizem crer em Deus e rejeitam a Jesus, o seu enviado, estão condenados, e não possuem a vida eterna. Em mais um contraste utilizado pelo autor da carta, a seguinte afirmativa é bastante clara: “Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida”.

No verso 13, João escreve uma espécie de epílogo e conclui o argumento dizendo que a sua escrita serviu para que os crentes tivessem conhecimento da dádiva que já possuíam. A vida eterna. Então, se você se encontra entre aqueles que foram lavados e remidos no sangue do Cordeiro, e que nEle deposita a fé, amando-O e obedecendo os seus estatutos, exalte ao Senhor com um coração transbordando de alegria: Você tem a vida eterna. Louvado seja Deus por isso!

Aplicações

Ter fé nominal e dizer que ama a Deus não basta. É preciso ter fé, mas essa fé deve nos tornar obedientes aos mandamentos. E também, nos impulsionar a amar aos que são membros da igreja do Senhor. Será que me encontro assim ou tenho falhado em cumprir esta exigência divina?

O meu conceito sobre Cristo e a minha fé nEle repousam na fé ortodoxa de que Ele é verdadeiro Deus e verdadeiro homem? Não ter essa compreensão gera danos espirituais.


Trago comigo o testemunho divino de que Jesus é o Filho de Deus? O que tenho feito com esse testemunho? 


Por Thiago Oliveira

Fonte: Electus 


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